Dia 4: Caos no Clima - Os tempos, mudaram!
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Mudanças Climáticas. A Terra está em um estado, no mínimo, crítico. De uns tempos pra cá, o clima está "fora de ordem", com catástrofes cada vez mais acentuadas que dizimam ou deterioram a vida de milhares de pessoas, de Norte a Sul, Leste a Oeste do mundo. Os efeitos fazem sentir-se cada vez mais, e apesar das muitas dúvidas que ainda existem (falta de consenso) - que seria irresponsabilidade da minha parte não citar -, uma coisa é certeira: se o planeta corre algum risco, todos nós corremos, e portanto, não é demais precaver e intervir imediatamente.
É paradoxo o aquecimento global, no entanto, perfeitamente possível.
"Se uma coisa é tão importante a ponto de gerar o caos, poderia ser insignificante o suficiente para evitá-lo..." [Luana Felix]
15 dias para "ser" verde - PARTE 4
O meio ambiente e a ecologia, hoje em dia, são conhecimentos imprescindíveis, uma tendência positiva que cresce cada vez mais, mundialmente e nacionalmente. No intento de ajudar você a distinguir o "certo" e o "errado", ensinar significados decorosos e enriquecer a sua inteligência, o Diário do Verde iniciou dia 22/10 a série 15 dias para "ser" verde. Mais que falar, se faz necessário ouvir. Aprenda com provas e exemplos, o que a natureza erudita tem a exprimir-nos.
ÍNDICE:
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É delicado. Falar em clima, não é nada fácil. Uma hora está frio, outra tá quente, assim ou assado: imprevisível. Meteorologia que o diga: é constante depararmos com falhas na Previsão do Tempo. Deixando de lado as chateações, direto ao ponto: as coisas já não são como antigamente.
O que antes era tido como equilíbrio, paz e sossego, hoje não se faz presente: chuva demais, degelo acelerado, seca acentuada, furacões e tormentas mais intensos, desequilíbrio nas correntes marítimas e declínio da biodiversidade, para começar. Indo além, vemos que até a imponente Amazônia, pode estar condenada a virar pó, transformando-se em uma mera savana.
Enquanto ninguém sabe ao certo o que está acontecendo com o nosso planeta, sobram especulações. A primeira, mais aceita pela comunidade científica e especialistas em geral, é que o planeta está esquentando, comparando os períodos - 2005 foi o ano mais quente da história registrada, 0,63 grau acima da média do período 1951-1980. A primeira década do século XXI (2000-2009), é indicada nas medições como a mais quente que se tem notícia, desde 1880 - 220 anos atrás, quando começaram a ser realizadas as primeiras mensurações.
Outros, porém, acreditam que o planeta pode estar entrando em uma Era Glacial (até por conta do Aquecimento Global), precedida sempre por picos de temperatura - o culminante e muito pior "Resfriamento Global". Caso for assim, as temperaturas globais seriam de 10 graus Celsius a menos, o nível dos oceanos desce até 120 metros, a corrente do Golfo pararia de funcionar e camadas de neve com quilômetros de espessura tomariam o hemisfério norte do polo até Nova York, Canadá, norte da Europa e talvez também a Argentina. Com isso, haveria migração em massa para o Sul do planeta, esvaziando-se o Norte. Não há uma decisão unânime. O que é uniforme entre todos é que ambos, são prejudiciais.
O funcionamento da atmosfera, onde ocorrem boa parte dos fenômenos ligados diretamente à nós, é ainda um mistério. Ninguém nunca conseguiu mapeá-la com precisão, e talvez nem consigam mesmo. Se soubessem, não haveriam tantas dúvidas. Quem é o culpado, e quem paga a conta? Um problema de difícil solução, que se não resolvido o quanto antes, poderá ser irreparável.
Ao que tudo parece, o mundo está esquentando. Ok, não é 100% certeza, mas é a conclusão mais aceita, mesmo porque o IPCC, órgão específico da ONU para o clima, afirma que sim. Considerando esta hipótese, é para se ter, no mínimo, pânico. Isso em escala geral, porque cá bem junto com a lupa, podemos ver que há quem se beneficiará com o efeito "devastador".
Uma consultoria de risco britânica chamada Maplecroft criou um ranking da vulnerabilidade aos riscos das mudanças climáticas, em que classifica 168 países. Fatores avaliados: ecossistemas e recursos naturais, economia, pobreza, saúde, agricultura, infra-estrutura, instituições e governos.
MENOS VULNERÁVEIS: 1. Canadá | 2. Irlanda | 3. Noruega | 4. Dinamarca | 5. Suécia | 6. Finlândia | 7. Nova Zelândia | 8. França | 9. Uruguai | 10. Suíça.
Obs:
MAIS VULNERÁVEIS: 164. Níger | 165. Iêmen | 166. Burundi | 167. Somália | 168. Ilhas Comores.
Obs:
ILHAS COMORES: Se você não sabia que existiam, há grande risco de nunca ficar sabendo. O país africano é o mais vulnerável do ranking, e há previsão de que seja devastado por tempestades constantes, aumento do nível do mar e um colapso na agricultura.
AIDS, guerras civis, governos truculentos, miséria, fome... Além disso tudo - e também por causa disso tudo -, a África tem a maioria dos países mais indefesos contra os perigos das mudanças climáticas.
-> Seguindo esta tendência de "aquecimento", é interessante entender também o que é o Efeito Estufa, mais detalhadamente. Esquema:
Muito que bem, não é por que aparentemente tudo está indo de mal a pior que não há salvação. O problema, é o tempo a ser considerado. O IPCC em seu 3° relatório, propôs diversas ações, algumas a serem feitas imediatamente, e outras para o futuro.
ENERGIA
Hoje: Trocar combustíveis fósseis por alternativas mais limpas, como gás, biocombustíveis, energias nuclear, hidrelétrica, eólica, maremotriz, solar etc.
Futuro: Captar, armazenar e reaproveitar o carbono para gerar eletricidade; novos geradores elétricos movidos pelas ondas e marés.
TRANSPORTE
Hoje: Veículos mais eficientes, híbridos, preferência pelo transporte ferroviário, priorizar os sistemas de transporte público e de bicicletas.
Futuro: Biocombustíveis de segunda geração; aeronaves mais eficientes; veículos elétricos com baterias mais potentes.
EDIFICAÇÕES
Hoje: Equipamentos e iluminação mais eficientes; energia solar para aquecimento e refrigeração; novos fluidos de refrigeração, captura e reciclagem de gases.
Futuro: Edificações comerciais com medidores e controles inteligentes e energia solar fotovoltaica.
INDÚSTRIA
Hoje: Equipamentos que gastam menos energia; recuperação de energia; reciclagem e substituição de materiais; controle das emissões de gases não-CO2.
Futuro: Alta eficiência energética; armazenamento de carbono na produção de ferro, cimento e amônia; eletrodos inertes na feitura de alumínio.
AGRICULTURA
Hoje: Maior armazenamento de carbono no solo; melhores técnicas de cultivo de arroz e de pecuária; recuperação de terras degradadas; menos emissão de N2O na fertilização.
Futuro: Melhorias nas safras.
FLORESTAS
Hoje: Avançar na redução do desmatamento; recuperar áreas degradadas; adotar formas de manejo florestal que permitam manter a floresta em pé.
Futuro: Melhoria das espécies de árvore para obter mais biomassa e sequestro de carbono. Melhoria do acompanhamento por satélite.
LIXO
Hoje: Recuperação de metano nos aterros sanitários; compostagem dos resíduos orgânicos; reciclagem dos resíduos; tratamento do esgoto e do chorume.
Futuro: Biocoberturas e biofiltros para ampliar a oxidação do CH4.
Fazer as mudanças necessárias para reduzir a emissão de gases custa bastante. O volume de valores investidos determinará quanto a temperatura vai subir no futuro. É agir, torcer e rezar!
SITUAÇÃO 1:
Nível de estabilização do CO2 (ppm): 590 a 710.
Custo para conter os gases do efeito estufa nesse nível, em % do PIB mundial, até 2030: 0,6% a 1,2%.
Aumento da temperatura até 2100: 3,2 °C a 4,0° C.
O que antes era tido como equilíbrio, paz e sossego, hoje não se faz presente: chuva demais, degelo acelerado, seca acentuada, furacões e tormentas mais intensos, desequilíbrio nas correntes marítimas e declínio da biodiversidade, para começar. Indo além, vemos que até a imponente Amazônia, pode estar condenada a virar pó, transformando-se em uma mera savana.
Enquanto ninguém sabe ao certo o que está acontecendo com o nosso planeta, sobram especulações. A primeira, mais aceita pela comunidade científica e especialistas em geral, é que o planeta está esquentando, comparando os períodos - 2005 foi o ano mais quente da história registrada, 0,63 grau acima da média do período 1951-1980. A primeira década do século XXI (2000-2009), é indicada nas medições como a mais quente que se tem notícia, desde 1880 - 220 anos atrás, quando começaram a ser realizadas as primeiras mensurações.
Outros, porém, acreditam que o planeta pode estar entrando em uma Era Glacial (até por conta do Aquecimento Global), precedida sempre por picos de temperatura - o culminante e muito pior "Resfriamento Global". Caso for assim, as temperaturas globais seriam de 10 graus Celsius a menos, o nível dos oceanos desce até 120 metros, a corrente do Golfo pararia de funcionar e camadas de neve com quilômetros de espessura tomariam o hemisfério norte do polo até Nova York, Canadá, norte da Europa e talvez também a Argentina. Com isso, haveria migração em massa para o Sul do planeta, esvaziando-se o Norte. Não há uma decisão unânime. O que é uniforme entre todos é que ambos, são prejudiciais.
O funcionamento da atmosfera, onde ocorrem boa parte dos fenômenos ligados diretamente à nós, é ainda um mistério. Ninguém nunca conseguiu mapeá-la com precisão, e talvez nem consigam mesmo. Se soubessem, não haveriam tantas dúvidas. Quem é o culpado, e quem paga a conta? Um problema de difícil solução, que se não resolvido o quanto antes, poderá ser irreparável.
ALGUMAS CONCLUSÕES
Uma consultoria de risco britânica chamada Maplecroft criou um ranking da vulnerabilidade aos riscos das mudanças climáticas, em que classifica 168 países. Fatores avaliados: ecossistemas e recursos naturais, economia, pobreza, saúde, agricultura, infra-estrutura, instituições e governos.
Resultados:
MENOS VULNERÁVEIS: 1. Canadá | 2. Irlanda | 3. Noruega | 4. Dinamarca | 5. Suécia | 6. Finlândia | 7. Nova Zelândia | 8. França | 9. Uruguai | 10. Suíça.
Obs:
BRASIL: ocupa a 42ª colocação, atrás da Argentina (36ª), do Chile (9ª) e do Uruguai, que é o 9° país menos vulnerável e o único latino-americano no top ten.
CANADÁ: está com tudo no que diz respeito à preparação para o que vem por aí. Tem baixa densidade populacional, fartura de espaço, economia forte e instituições sólidas. Além de seus centros de resfriamento.
MAIS VULNERÁVEIS: 164. Níger | 165. Iêmen | 166. Burundi | 167. Somália | 168. Ilhas Comores.
Obs:
ILHAS COMORES: Se você não sabia que existiam, há grande risco de nunca ficar sabendo. O país africano é o mais vulnerável do ranking, e há previsão de que seja devastado por tempestades constantes, aumento do nível do mar e um colapso na agricultura.
AIDS, guerras civis, governos truculentos, miséria, fome... Além disso tudo - e também por causa disso tudo -, a África tem a maioria dos países mais indefesos contra os perigos das mudanças climáticas.
-> Seguindo esta tendência de "aquecimento", é interessante entender também o que é o Efeito Estufa, mais detalhadamente. Esquema:
1. O Sol emite sua energia pelo espaço na forma de luz visível, radiação ultravioleta e infravermelha.
2.cerca de 30% da energia luminosa volta para o espaço, refletida por poeira e nuvens na atmosfera e por refletores naturais na superfície, como áreas cobertas de neve e gelo.
3. O ar, terra e águas absorvem cerca de 70% da radiação solar.
4. Aquecida, a superfície emite calor na forma de radiação infravermelha.
5. Um pouco da radiação térmica da Terra vai para o espaço, mas a maior parte é retida na atmosfera, absorvida por vapor d'água, dióxido de carbono, metano e outros gases do efeito estufa.
6. Se o calor não fosse retido pelo efeito estufa, o planeta congelaria a uma temperatura média de 18 °C negativos.
7. A temperatura média do planeta varia, de maneira natural, por causa dos ciclos solares e geológicos. Mas, de acordo com o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), as atividades humanas afetaram o ritmo normal do ciclo e o equilíbrio natural de produção e absorção de gases.
8. Hoje, milhões de toneladas de carbono que a natureza tirou de circulação, armazenado como petróleo no subsolo ou biomassa nas matas, são jogados pela ação humana na atmosfera em poucas horas, na forma de CO2. Ao aumentar a concentração desse e de outros gases, o homem amplia o efeito estufa, o que provoca o aquecimento do planeta.
O QUE PODE SER FEITO
ENERGIA
Hoje: Trocar combustíveis fósseis por alternativas mais limpas, como gás, biocombustíveis, energias nuclear, hidrelétrica, eólica, maremotriz, solar etc.
Futuro: Captar, armazenar e reaproveitar o carbono para gerar eletricidade; novos geradores elétricos movidos pelas ondas e marés.
TRANSPORTE
Hoje: Veículos mais eficientes, híbridos, preferência pelo transporte ferroviário, priorizar os sistemas de transporte público e de bicicletas.
Futuro: Biocombustíveis de segunda geração; aeronaves mais eficientes; veículos elétricos com baterias mais potentes.
EDIFICAÇÕES
Hoje: Equipamentos e iluminação mais eficientes; energia solar para aquecimento e refrigeração; novos fluidos de refrigeração, captura e reciclagem de gases.
Futuro: Edificações comerciais com medidores e controles inteligentes e energia solar fotovoltaica.
INDÚSTRIA
Hoje: Equipamentos que gastam menos energia; recuperação de energia; reciclagem e substituição de materiais; controle das emissões de gases não-CO2.
Futuro: Alta eficiência energética; armazenamento de carbono na produção de ferro, cimento e amônia; eletrodos inertes na feitura de alumínio.
AGRICULTURA
Hoje: Maior armazenamento de carbono no solo; melhores técnicas de cultivo de arroz e de pecuária; recuperação de terras degradadas; menos emissão de N2O na fertilização.
Futuro: Melhorias nas safras.
FLORESTAS
Hoje: Avançar na redução do desmatamento; recuperar áreas degradadas; adotar formas de manejo florestal que permitam manter a floresta em pé.
Futuro: Melhoria das espécies de árvore para obter mais biomassa e sequestro de carbono. Melhoria do acompanhamento por satélite.
LIXO
Hoje: Recuperação de metano nos aterros sanitários; compostagem dos resíduos orgânicos; reciclagem dos resíduos; tratamento do esgoto e do chorume.
Futuro: Biocoberturas e biofiltros para ampliar a oxidação do CH4.
O CUSTO DA MUDANÇA
SITUAÇÃO 1:
Nível de estabilização do CO2 (ppm): 590 a 710.
Custo para conter os gases do efeito estufa nesse nível, em % do PIB mundial, até 2030: 0,6% a 1,2%.
Aumento da temperatura até 2100: 3,2 °C a 4,0° C.
SITUAÇÃO 2:
Nível de estabilização do CO2 (ppm): 535 a 590.
Custo para conter os gases do efeito estufa nesse nível, em % do PIB mundial, até 2030: 0,6% a 2,5%.
Aumento da temperatura até 2100: 2,8 °C a 3,2° C.
SITUAÇÃO 3:
Nível de estabilização do CO2 (ppm): 445 a 535.
Custo para conter os gases do efeito estufa nesse nível, em % do PIB mundial, até 2030: 0,6% a 1,2%.
Aumento da temperatura até 2100: 2,0 °C a 2,8° C.
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Autor: Antonio Gabriel Cerqueira Gonçalves
Data:
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Marcadores:
Ser Verde
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