Desmatamento
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Fatos mais do que comprovados - Brasil
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Deflorestamento na Amazônia Brasileira, índices de 1988 a 2009
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Causas do Deflorestamento da Amazônia - 2000 a 2005
O início da Revolução Industrial foi o principal fator contribuinte para que o índice de desmatamento mundial crescesse estrondosamente no mundo.
Isso dá uma média de 2.570 árvores por minuto, 154.224 árvores por hora e, no final do dia se tem uma média de 3.700.000 árvores.
Todo dia, 3.700.000 de árvores são desmatadas somente na Amazônia.
No final do ano, temos um placar de 1.350.500.000 árvores derrubadas (um bilhão, trezentas e cinquenta milhões e quinhentas mil).
Apenas nas últimas décadas, a perda cumulativa resultou numa área equivalente à da França (547 mil km²), com uma perda anual atual equivalente à área da Bélgica (30,5 mil km²).
Parece que nenhum dos governos viu a importância da floresta, já que vale lembrar que a Amazônia se estende por 9 países, sendo que sua maior parte, aproximadamente a metade, se encontra no Brasil, mas deve se lembrar, que a Amazônia é vital para o mundo, e pesquisas já indicam que a primeira consequencia do desparecimento da Amazônia seria o desequilíbrio das chuvas em todo o mundo.
Vamos a Mata Atlântica - essa floresta é um dos biomas mais importantes da Terra, tanto é que, em 1999, ela foi considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Antes da invasão dos colonizadores portugueses, havia cerca de 1.000.000 de km² da Mata Atlântica. Estendia-se por uma faixa de 3.500 km, por 17 Estados brasileiros.
Séculos de exploração madeireira predatória, queimadas, expansão agrícola, pecuária e urbana, destruíram 93% da Mata Atlântica, a área com maior densidade de vida no mundo - em apenas 1 hectare foram encontradas 450 espécies de árvores (nos Estados Unidos, a média é de apenas 10 espécies por hectare).
O pouco que resta (7%) continua sofrendo todo tipo de pressão imaginável. Cada agressor tem sua desculpa particular para continuar a estúpida destruição.
Estado de São Paulo - em 1500, cerca de 80% do Estado de São Paulo era coberto por florestas. Hoje, a cobertura vegetal nativa foi reduzida a apenas 3% do território.
Distrito Federal - Em apenas 40 anos sua cobertura vegetal foi reduzida a apenas 15% (período: 1958-1998).
Esses são só 3 exemplos de localidades do Brasil que sofreram grandes impactos devidos à ação do homem.
Isso tem que acabar, já que 10% a 20% de todas as espécies conhecidas vivem em nosso território.
Mas não só aqui, em todo o mundo, os abusos quanto ao Meio Ambiente devem acabar, ou não poderão reclamar das consequências das alterações climáticas.
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Desmatamento no mundo - devemos fazer a nossa parte!!!
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Há 10 mil anos atrás, 62 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra eram cobertos por floresta.
Em 1700, elas só cobriam uma área de 46 milhões de quilômetros quadrados. Note que o espaço tempo dos acontecimentos é de apenas 10 mil anos, mas que reduziram a 26.000.000 km² a área total de florestas, redução de 25,6014% na área de cobertura global.
A partir do ano de 1700, que as florestas já estavam reduzidas a mais de 1/4, o número só passou a piorar.
Já no final da década de 1980 essa área de cobertura já não passava de 26 milhões, ou seja: a área florestal estava pouco menos de 42,6% menor que a área florestal no ano de 1700.
Ou seja: em 380 anos se destruiu 20 milhões de quilômetros de florestas, o que é surpreendente, já que em dez mil anos se destruiu 4 milhões de quilômetros de florestas a menos em comparação, um espaço tempo tão curto que nem se compara com o de 10 mil anos.
Resultado: em 1980 a área estava 58,604% menor em relação a original.
Se o ritmo de desmatamento continuar como está, em breve não haverá mais nem ar para se respirar.
Cerca de 14 milhões de hectares de florestas nativas são perdidas por ano ou 38 mil hectares por dia.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), nesse ritmo, no ano 2035, toda a floresta tropical estará destruída.
Como já afirmei, as florestas, principalmente as tropicais, são as maiores guardadoras de vida animal e vegetal do planeta.
Estão espalhadas pelos quatro cantos do planeta e abrigam 2/3 das espécies conhecidas.
Hoje 1/3 das maiores cidades do mundo usam água diretamente das áreas florestais protegidas.
Mesmo assim a consciência não pesou para que se acabasse com as florestas, mesmo sabendo da importância que elas exercem no equilíbrio da vida, no equilíbrio do planeta.
Brasil tem maior índice de desmatamento do mundo
O Brasil aparece como o país com o maior índice de desmatamento do planeta no Guiness, o Livro dos Recordes, edição de 2005. Entre 1900 e 2000, uma média anual de 22,264 mil km² de florestas desapareceu do território brasileiro, uma área equivalente ao Estado de Sergipe.
O desmatamento mais rápido do mundo ocorre no país africano de Burundi, que registrou a perda anual de 9% de suas áreas florestais no mesmo período. Se esse índice permanecer, em onze anos as florestas do país terão desaparecido. Os Estados Unidos, que não assinaram o Protocolo de Kioto, lideram na categoria de maior emissor de dióxido de carbono, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. O país lançou na atmosfera quase seis bilhões de toneladas de CO², só em 2001.
A metrópole com o ar mais poluído é a Cidade do México, onde a grande altitude e a presença de montanhas que bloqueiam a circulação do ar favorecem a concentração da poluição. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a capital do México ultrapassa os níveis toleráveis de partículas em suspensão, de dióxido de enxofre, de monóxido de carbono e de ozônio na atmosfera. O Guinness 2005, cuja edição em português será publicada em novembro pela editora Ediouro, também traz recordes positivos para o ambiente. A China, por exemplo, aparece como o país onde ocorre o maior reflorestamento no mundo. Na década de 90, as árvores replantadas foram suficientes para cobrir mais de 18 mil km² do território, uma área equivalente ao Kuwait. A Finlândia possui o melhor Índice de Sustentabilidade Ambiental, compilado em 2002 pelo Fórum Econômico Mundial, com base em 20 indicadores, como qualidade do ar e da água. A Alemanha tem o maior índice de reciclagem de papel e papelão, com o reaproveitamento de até 80% do material consumido. A Suíça é lider na reciclagem de vidor, alcançando 91% de aproveitamento.
O estudo analisa os recursos florestais de 229 países e territórios de 1990 a 2005, e representa o trabalho "mais exaustivo de que se dispõe atualmente", segundo a FAO. As florestas ocupam hoje em dia cerca de 4 bilhões de hectares, ou 30% da superfície habitável do planeta, o que equivale a uma média de 0,64 hectare por habitante.
"O desmatamento, principalmente a conversão de florestas em terras agrícolas, prossegue em um ritmo alarmante, e faz cerca de 13 milhões de hectares desaparecerem por ano", destaca o relatório. "Ao mesmo tempo, a plantação de árvores, a reabilitação de paisagens e a extensão natural das florestas reduziram de forma significativa a perda líquida de superfície florestal", dizem os autores do estudo.
A diferença entre destruição e reflorestamento traduziu-se no período 2000-2005 na perda "líquida" de 7,3 milhões de hectares por ano de superfície florestal. Essa cifra é inferior à registrada na década 1990-2000, quando as perdas líquidas médias eram de 8,9 milhões de hectares por ano, lembra a FAO.
Entre 2000 e 2005, a superfície florestal aumentou em cerca de 2,8 milhões de hectares por ano, embora represente menos de 5% do conjunto de florestas. Um total de 140 milhões de hectares são destruídos por ano devido aos incêndios ou "agentes destrutivos", como insetos e doenças.
Dois terços das florestas estão concentrados em 10 países: Rússia (809 milhões de hectares), Brasil (576), Canadá (310), Estados Unidos (303), China (197), Austrália (164), República Democrática do Congo (134), Indonésia (88), Peru (69) e Índia (68).
As duas regiões que registraram a maior destruição de florestas entre 2000 e 2005 foram América do Sul e África, onde foram perdidos 4,3 milhões e 4 milhões de hectares por ano, respectivamente. A Ásia foi a única grande região onde essa tendência se reverteu. O continente registrou "um aumento líquido de florestas nesse período, principalmente devido ao reflorestamento em larga escala na China", destaca o relatório.
Em nível mundial, mais de um terço (37%) das florestas são do tipo primário, ou seja, sem sinal visível de atividade humana e onde os processos ecológicos não foram sensivelmente perturbados. Mas essas florestas primárias "sofrem um declínio em massa, devido à intervenção humana", e essa rápida destruição continuou nos últimos cinco anos, apesar dos esforços de países como Japão e Malásia, lamenta a FAO.
Diretamente afetada pelo desmatamento, "parte das espécies raras de árvores e aquelas cujo valor é muito alto correm o risco de extinção", e em média 5% das espécies nativas de um país "estão em risco ou risco crítico de extinção", aponta o relatório.
O Brasil registrou a maior perda absoluta de floresta no mundo entre 2000 e 2005 e 42% de hectares de mata cortada no planeta nesses anos ocorreu dentro do território nacional. A conclusão é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que destaca que os lucros com a expansão da agricultura e do etanol continuarão a predominar nos próximos anos sobre a tentativa de frear o desmatamento e toda a América do Sul continuará a perder sua cobertura florestal. No mundo, a FAO alerta que a crise internacional deve aumentar a vulnerabilidade das florestas e secar os financiamentos para projetos ambientais.
Entre 2000 e 2005, 200 quilômetros quadrados de florestas foram perdidos no mundo a cada dia e o temor é de que os investimentos em manejo sustentável sejam substituídos por uma exploração ilegal de madeira. Segundo a FAO, o Brasil perdeu 3,1 milhões de hectares de florestas por ano no período. Isso significou uma redução anual de 0,6% na cobertura florestal. O órgão da ONU informou que o País observou uma aceleração no desmatamento em comparação ao período entre 1995 e 2000. Naqueles anos, a perda de floresta foi de 2,6 milhões de hectares por ano, 0,5% da cobertura.
No mundo, a perda florestal chegou a 7,3 milhões por ano, 200 quilômetros quadrados por dia. Isso representou 0,18% do território por ano. O ritmo de desmatamento no Brasil, portanto, foi seis vezes superior à média mundial e o crescimento das exportações de grande escala de soja, biocombustíveis e carnes é considerada pela entidade como "responsável pela grande parte do desmatamento da região". O levantamento conclui ainda que 75% do desmatamento na América do Sul ocorreu no Brasil. Em comparação a outros países, o Brasil lidera amplamente com a maior área desmatada no planeta, mesmo que seu território ainda esteja coberto por floresta em 57,2%.
O que se impõe, além disso, é uma política ativa de reflorestamento, que poderia recapturar boa parte do CO² da atmosfera.
Só para dar uma ideia dos números envolvidos, o que se pode dizer da floresta amazônica é que ela contém 50 bilhões de toneladas (gigatons) de carbono em 500 milhões de hectares (100 toneladas de carbono por hectare).
Destrói-se anualmente por ano cerca de 0,7% da floresta, ou seja, 35 milhões de hectares, que lançam no ar cerca de 0,35 gigatons de carbono.
Se fosse iniciado um amplo programa de reflorestamento que absorvesse 5 gigatons de carbono por ano, poder-se-ia continuar com a taxa de emissão atual. A área necessária para fazer isto seria de 465 milhões de hectares (aproximadamente o tamanho da Amazônia). Esta floresta seria manejada, isto é, seria cortada, e a madeira aproveitada de maneira auto-sustentada. O custo estimado para plantar tal floresta seria de 372 bilhões de dólares, se isto ocorresse em clima temperado, e de 186 bilhões de dólares, se ocorresse nos trópicos. Pode-se concluir daí que o que se corta por ano na Amazônia tem um “valor de substituição”, ou seja, um custo de 186 vezes 0,07 bilhão de dólares, que representa cerca de 13 bilhões de dólares.
REAÇÃO EM CADEIA
Estudo do Smithsonian na Amazônia mostra que mesmo as árvores que escapam do desmatamento acabam morrendo
Quando uma floresta é desmatada, até as árvores que ficam em pé pagam o pato. Foi o que descobriu um estudo do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, uma iniciativa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Smithsonian, nos EUA.
Pesquisadores envolvidos no projeto vêm observando cerca de 32 mil exemplares de árvores desde 1980 e revelam que, quando uma floresta tropical é fragmentada, ventos quentes vindos das pastagens ao redor matam muitas árvores que não conseguem suportar a degradação.
“Nossos fragmentos perderam 80 toneladas por hectare de biomassa arbórea”, afirma Henrique Nascimento, do Inpa. “Isso aconteceu dentro de 100 metros a partir das bordas dos fragmentos, devido à mortalidade das árvores e mudanças na composição de suas espécies”, diz William Laurance, pesquisador do Instituto Smithsonian e líder do experimento.
Esse número equivale a um quarto da biomassa total da floresta. Cerca de metade desse material é carbono, que vai acabar se tornando CO² (dióxido de carbono ou gás carbônico) quando a biomassa morta se decompor. “Em uma escala global, estimamos que a fragmentação de florestas tropicais pode produzir até 550 milhões de toneladas de CO² anualmente”, afirma Laurance. Cerca de 6,7 bilhões de toneladas de CO² são emitidas anualmente no mundo, das quais por volta de 3,3 bilhões permanecem na atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. “Isso é mais do que as emissões causadas pelo desflorestamento por si só”, diz. (JULIANA TIRABOSCHI)
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