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Passarelas adotadas

Fotos Mário Rodrigues

A Verde, na Eusébio Matoso: dois elevadores após investimento de 1,2 milhão de reais de um banco

Via pública
Passarelas adotadas
Construídas, reformadas ou mantidas por empresas privadas, pontes para pedestres ganham cara nova

Por Filipe Vilicic
Revista Veja São Paulo – 14/01/2009

A passarela na altura do número 890 da Avenida Eusébio Matoso estava em situação deplorável. Mendigos dormiam embaixo da estrutura, a falta de iluminação atraía ladrões à noite, não havia elevadores para facilitar a vida de idosos e deficientes físicos e uma lixarada acumulava-se em suas duas entradas. Uma modalidade de parceria entre o poder público e empresas privadas mudou esse cenário. A prefeitura associou-se a um banco que, em troca de placas com sua marca exibidas no local, patrocinou a revitalização não só da ponte para pedestres como de duas praças em seu entorno: a Eugène Boudin e a Antônio Sabino. "Notamos que estava perigoso para nossos funcionários e clientes passar por lá", afirma Marcos Cae-tano da Silva Filho, diretor de comunicação do Unibanco. Foi gasto ali 1,2 milhão de reais. "Além da reforma e da manutenção da passarela, decidimos torná-la um exemplo de sustentabilidade." Entregue no fim do ano passado, a passarela ganhou dois elevadores, piso de borracha reciclada e painéis de energia solar que abastecem uma televisão instalada em uma das pracinhas. Devido ao toque ecológico e a sua cor, recebeu o apelido de Passarela Verde. Outras quatro passarelas da cidade foram beneficiadas com a combinação de investimentos das duas esferas. O hipermercado Extra investiu 4 milhões de reais para erguer uma na Avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim. Os shoppings Market Place e Morumbi bancaram outra, na Avenida Chucri Zaidan. Há casos em que as obras são feitas por órgãos públicos e mantidas pelas empresas. É o que acontece com a ponte Miguel Reale, que abre caminho para os pedestres entre a estação de trem Cidade Jardim e o Parque do Povo. Foi construída pela Secretaria do Estado dos Transportes Metropolitanos, e os gastos com limpeza e manutenção são responsabilidade da operadora de planos de saúde Omint, que desde setembro passado desembolsa 3.700 reais mensais. O mesmo vale para outra passarela da Avenida Eusébio Matoso, adotada pelo Shopping Eldorado em 2006. "Quando uma empresa assume os cuidados com um espaço público, nossas equipes podem dedicar-se a outros trabalhos", explica um dos entusiastas da iniciativa, Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras.

Fonte: Planeta Sustentável

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