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Desenvolvimento Sustentável ao longo da história - no Brasil e no mundo

O desenvolvimento sustentável no âmbito historico
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O desenvolvimento sustentável pode ser considerado o clímax no meio natural, isso porque a sua prática envolve um jogo de renúncias econômico e social que afetam a sociedade (por exemplo: no âmbito conforto) e o capitalismo. Por outro lado, o meio ambiente recebe tal prática com louvores, pois a sustentabilidade reflete a preocupação, respeito e acima de tudo a preservação da natureza que o homem está tendo com o meio. É indispensável retratar desenvolvimento sustentável com meio terrestre, pois o clímax de um traz uma mudança brusca no outro, refletindo diretamente na economia global. Ao longo da história da humanidade o ser humano usou (e usa até hoje) a terra como um meio de fonte de renda, explorando-a de infinitas maneiras e por ser um bem tão precioso, tornou-se um sinônimo de poder. Por esse motivo a sua exploração foi acelerada e ao mesmo tempo prejudicada, chegando a um ponto da inviabilidade entre o desenvolvimento e o meio terrestre.
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Depois das duas últimas revoluções industriais, causadores de um verdadeiro genocídio do meio ambiente, a economia mundial atingiu o seu apogeu transformando-se em uma economia multipolar. Essa diversificação de potências econômicas causou um verdadeiro colapso social, tendo como frutos as 1º e a 2º guerras mundiais, e ambientais, como por exemplo, o imperialismo na África que foram responsáveis por devastarem cerca de dois milhões de hectares de florestas por ano, na qual a África possuía quase 11% das florestas mundiais e agora restam 3,4%. Vale se alentar que a Europa, continente onde ocorreram as revoluções econômicas e o berço do capitalismo, está passando por uma crise ambiental seriíssima com poluição do ar, da água e florestas. A Europa detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%, isso mostra que a expansão demográfica e tecnológica, além de ter massacrado o meio ambiente, não se interligam com a natureza. Outro fator alarmante é o solo, a sua preservação é de suma importância, pois a sua utilidade insere a produção de alimentos, construções e alicerce da maioria de matérias primas crucial para o desenvolvimento econômico. Mais de um terço do solo europeu está em risco de desertificação, erosão e poluição são algumas das principais ameaças que põem em perigo a sobrevivência e qualidade dos recursos europeus. De acordo com o levantamento efetuado por cientistas europeus, são mais de 52 milhões de hectares de terra que estão em risco. Isto representa 16% da Europa dos 15, valor que sobe para 35% se considerar os novos Estados membros de Leste. O Sul da Europa parece particularmente mais afetado pela erosão e perda de matéria orgânica, mas o Norte enfrenta também várias ameaças.
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Esses dados são justificados por uma longa exploração econômica, acelerada pelo anseio competitivo do lucro, marcante no mundo pós 2º guerra. O início da pós segunda guerra junto com a guerra fria (1945) assinalaria um novo mundo econômico, no qual a economia mundial tornaria bipolar, com os Estados Unidos agentes capitalistas e a União Soviética influente socialista.
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Essa nova era política e econômica se expandiria pelos cinco continentes e com ela o modo de ver, explorar e pensar sobre o meio terrestre. O homem coloca a natureza como um ambiente que tem que se adaptar com o mesmo, modificando e estruturando ao seu modo de ver. A destruição do meio ambiente no tempo da guerra fria teve amplos fatores, porém alguns abrangem um epítome importância no cenário histórico.
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Os EUA procuraram na guerra fria, sempre satisfazer as necessidades políticas e acima de tudo econômicas de países chamados 2º e 3° mundo, com intuito de eliminar a influência socialista. Um bom exemplo foi o que ocorreu no Brasil, no qual milhões de dólares foram investidos no país, que resultou no fortalecimento da ditadura militar. O regime que governava o país investiu o dinheiro em grandes infra-estruturas como a ponte rio Niterói, a usina hidrelétrica Itaipu e a rodovia transamazônica. Itaipu foi responsável por alagar uma área de 1,46 milhões de km2 um dos maiores desastres ambiental do século 20 que marcam sua história, na qual houve a destruição do Salto de Sete Quedas, e apesar do nome, o conjunto de cinco quilômetros era composto por 21 cachoeiras e uma fauna e flora bastante ricos. Entre 1945 e 1960, a cada cinco anos, desmatou-se mais do que o que tudo foi desmatado entre 1500 e 1930! E entre 1985 e 1995, a mata atlântica perdeu mais de um milhão de hectares, mais de 11% de seus remanescentes. Dos mais de 1,3 milhões de quilômetros quadrados originais, subsistem apenas cerca de 8%. A Rodovia Transamazônica (BR-230), projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974) sendo uma das chamadas "obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, realizadas pelo regime militar, é a terceira maior rodovia do Brasil, com 4.000 km de comprimento, cortando os estados brasileiros do Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas e o desmatamento em áreas próximas à rodovia é um sério problema criado por sua construção.
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Com a construção da rodovia a exploração sobre a região norte aumentou, tanto no lado positivo como no lado negativo, pois a rodovia facilitou a instalação de madeireiras provocando uma maior extensão de derrubada de árvores. No entanto a sua construção trouxe certo desenvolvimento pra região promovendo o objetivo do governo federal. Apesar da estupidez do governo brasileiro em gastar US$ 1,5 bilhão de dólares para a desflorestação a Amazônia se tornou mais estudada, transformando num dos maiores laboratórios a céu aberto do mundo. Pode-se ver que a guerra fria trouxe estragos ambientais incalculáveis não só aqui no Brasil mais em todo mundo, promovendo um desenvolvimento insustentável para sustentar o seu regime.
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Na guerra fria, as devastações das florestas ficaram muito concentradas em pólos estratégicos para os países envolvidos diretamente e indiretamente no conflito ideológico. O chamado milagre econômico, ocorrido nas mesmas circunstâncias das obras faraônicas, trouxe para o país uma intensa industrialização provocando um crescimento das cidades (por exemplo: São Paulo) e conseqüente um aumento da poluição terrestre e atmosférica. Pra podermos chegar nesse aspecto, analisaremos o século 18 no qual nasce o ciclo de desmatamento no país. A cultura cafeeira começou a ser o motor da economia Brasileira imperial apartir de 1840 se intensificando na região sudeste do país, os solos adequados da região (sobretudo a terra roxa) e a falta de necessidade de mão-de-obra qualificada colaborou para a instalação das primeiras lavouras, onde foi à gênese da destruição da mata atlântica. O começo veio da exploração da coroa portuguesa sobre o pau Brasil em que se calcula que 70 milhões de árvores foram levados para a Europa. Com o plantio do café, essa derrubada se avivou junto com o crescimento econômico que o país estava vivendo na época.
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O café exigia grandes áreas de terras devido à falta de cuidados no campo, pois não existia a preocupação e a tecnologia necessária aos cuidados com a terra. Sendo assim, o cultivo do café se tornou uma cultura itinerante que se completava com a exaustão dos solos, seguido de novas derrubadas de matas e novos plantios de café, surgindo dai a expressão utilizada por Monteiro Lobato: “a marcha do café”, que invadia os solos paulistas e cariocas. Implantaram o que chamavam de “Moderna Agricultura” em oposição à “Agricultura Tradicional”, a derrubada e queimada de largos espaços florestados para o cultivo econômico, também chamado de coivara. Depois do café veio Getúlio Vargas com sua política de industrialização e exploração que resultaram na criação das duas maiores companhias do país, Petrobrás e a Companhia Vale do Rio Doce, responsáveis pela modernização do país.
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Progredindo sem parar, o Brasil conheceu o nascimento de várias grandes cidades, intensificando-se na era JK. Apartir daí começaram a promover o desenvolvimento insustentável, com a vinda de multinacionais que ocasionaram um crescimento econômico e por conta disso a devastação ambiental ganhou grandes proporções. Com o nascimento das grandes cidades o meio terrestre conhecia a sua nova inimiga: a erosão provocada pelo homem. A industrialização ocasionou mudanças bruscas no relacionamento homem e solo. Pavimentação, asfaltos, aumento da população e construções são resultados dessa industrialização e causadores da erosão antrópica, fato este que dar-se em toda a história nacional até o século 21.
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Em varias cidades brasileiras os processos erosivos urbanos têm atingido proporções catastróficas, com terríveis conseqüências econômicas e sociais, aí inclusos os dramas familiares, a destruição de patrimônios, os fantásticos prejuízos econômicos aos cidadãos, à administração pública e às atividades privadas.
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Os danos causados pela erosão urbana atingem a sociedade tanto no local de origem do fenômeno, como nos locais de destino do material erodido. No ponto de origem, ou seja, nos locais onde a erosão acontece com a destruição de moradias e da infra-estrutura urbana. Nos locais de destino do material erodido, com o intenso assoreamento/entulhamento dos sistemas de drenagem para onde os sedimentos são levados pelas águas de superfície; o que, por sua vez, constitui hoje uma das principais causas das enchentes urbanas.
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A expansão urbana de nossas cidades vem se processando, via-de-regra, através de intensas e extensas terraplenagens que retiram a capa protetora de solos superficiais mais argilosos (e portanto mais resistentes à erosão) implicando em exposições cada vez maiores e mais prolongadas dos solos de alteração (mais profundos, menos argilosos, mais erodíveis) aos processos erosivos, em uma prática nociva e nada criativa do ponto de vista técnico, pela qual persistentemente se privilegia a adaptação dos terrenos aos projetos (produção de áreas planas) ao invés de adequar os projetos às características naturais dos terrenos.
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Nesse cenário, os loteamentos habitacionais, sejam públicos ou privados, sejam legais ou irregulares, têm se constituído no principal fator responsável pela extensão e intensidade dos processos erosivos nas frentes de expansão urbana, justamente por ter incorporado desde há muito a perniciosa “cultura” da terraplenagem extensiva.No entanto, é plenamente possível fazer-se esses loteamentos de uma forma técnica mais inteligente, criativa e econômica, de sorte a reduzir a necessidade de terraplenagens intensas, assim evitando a ação dos processos erosivos. Obviamente, a redução cabal da erosão urbana exigirá um conjunto de ações combinadas, de ordem legal, de ordem técnica e de ordem informativo-educativa. Porém, a decisão de loteadores e autoridades municipais em alterar a forma técnica com que vem sendo implantada os loteamentos habitacionais certamente poderá já resolver em grande parte esse tão grave problema, e ser adotada independentemente de qualquer outra ação.
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Pode-se concluir que uma sociedade capitalista e altamente consumista, não se interliga com o desenvolvimento sustentável, pois pra atingi-lo tem que haver muitas renúncias e o retrocesso histórico mostra.
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