Poupa 2, solta 10
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Brasil poupa 2 bilhões de toneladas de CO2 em 4 anos
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A redução do desmatamento da Amazônia que ocorreu entre 2004 e 2008 fez o país deixar de emitir para a atmosfera 2 bilhões de toneladas de CO2, principal gás envolvido no aquecimento global.
É mais do que emite, ao ano, o Japão ou próprio Brasil, dois dos seis maiores poluidores do mundo. Cada nação emite 1,2 bilhão de toneladas.
A conta, feita pela secretária nacional de Mudança Climática, Suzana Khan, será apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente na Groelândia. Ela e o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) participam nesta semana de uma reunião com 25 ministros de meio ambiente dos países que mais contribuem com as emissões de gases de efeito estufa.
No período analisado, houve uma diminuição da taxa de desmatamento de 53 mil km2. A área é maior do que o território da Suíça - que possui 41 mil km2.
O objetivo da secretária é mostrar o esforço que o país tem feito para acabar com o desmate na floresta amazônica. "Eles podem dizer que ainda desmatamos muito. Mas olha o nosso tamanho. E moram 20 milhões de pessoas na região, essas pessoas precisam de renda", diz Khan.
A conta também visa a aplacar os ânimos da comunidade internacional. A recente ação do presidente Lula, que sancionou a medida provisória 458 -que dá terras de graça na Amazônia--, é considerada um desastre pelos ambientalistas e teve repercussão internacional. O país quer mostrar que o desmatamento está caindo e que merece receber compensação financeira por isso.
Há um grande impasse nas negociações para o próximo acordo climático global. O clima é de desconfiança entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento.
Para colocarem propostas verdadeiras na mesa, os ricos querem que os mais pobres se comprometam a também reduzirem as emissões de gases-estufa. E os países em desenvolvimento evitam se comprometer com metas --dizem que a responsabilidade histórica é dos países industrializados.
Entre os participantes do encontro na Groelândia estão Estados Unidos, China, Índia, África do Sul e diversos europeus - Alemanha, França, Dinamarca, Suécia e Noruega.
"Os dois lados, dependendo da forma como se analisa, têm razão", diz a secretária. E seu ponto de vista é que o Brasil tem muito a perder com o aumento da temperatura do planeta. "Mais até do que a China, por exemplo", diz. O aquecimento global pode transformar a Amazônia em savana e afetar a agricultura em todo o país.
Política de clima - O projeto de lei que cria a Política Nacional de Clima continua parado no Congresso. Na semana passada, ONGs apresentaram um manifesto que pedia, entre outras coisas, agilidade para a aprovação da lei.
Khan concorda que a aprovação da lei é importante. "Se não tiver esse norteador do desenvolvimento vai cada um para um lado", afirma.
A redução do desmatamento da Amazônia que ocorreu entre 2004 e 2008 fez o país deixar de emitir para a atmosfera 2 bilhões de toneladas de CO2, principal gás envolvido no aquecimento global.
É mais do que emite, ao ano, o Japão ou próprio Brasil, dois dos seis maiores poluidores do mundo. Cada nação emite 1,2 bilhão de toneladas.
A conta, feita pela secretária nacional de Mudança Climática, Suzana Khan, será apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente na Groelândia. Ela e o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) participam nesta semana de uma reunião com 25 ministros de meio ambiente dos países que mais contribuem com as emissões de gases de efeito estufa.
No período analisado, houve uma diminuição da taxa de desmatamento de 53 mil km2. A área é maior do que o território da Suíça - que possui 41 mil km2.
O objetivo da secretária é mostrar o esforço que o país tem feito para acabar com o desmate na floresta amazônica. "Eles podem dizer que ainda desmatamos muito. Mas olha o nosso tamanho. E moram 20 milhões de pessoas na região, essas pessoas precisam de renda", diz Khan.
A conta também visa a aplacar os ânimos da comunidade internacional. A recente ação do presidente Lula, que sancionou a medida provisória 458 -que dá terras de graça na Amazônia--, é considerada um desastre pelos ambientalistas e teve repercussão internacional. O país quer mostrar que o desmatamento está caindo e que merece receber compensação financeira por isso.
Há um grande impasse nas negociações para o próximo acordo climático global. O clima é de desconfiança entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento.
Para colocarem propostas verdadeiras na mesa, os ricos querem que os mais pobres se comprometam a também reduzirem as emissões de gases-estufa. E os países em desenvolvimento evitam se comprometer com metas --dizem que a responsabilidade histórica é dos países industrializados.
Entre os participantes do encontro na Groelândia estão Estados Unidos, China, Índia, África do Sul e diversos europeus - Alemanha, França, Dinamarca, Suécia e Noruega.
"Os dois lados, dependendo da forma como se analisa, têm razão", diz a secretária. E seu ponto de vista é que o Brasil tem muito a perder com o aumento da temperatura do planeta. "Mais até do que a China, por exemplo", diz. O aquecimento global pode transformar a Amazônia em savana e afetar a agricultura em todo o país.
Política de clima - O projeto de lei que cria a Política Nacional de Clima continua parado no Congresso. Na semana passada, ONGs apresentaram um manifesto que pedia, entre outras coisas, agilidade para a aprovação da lei.
Khan concorda que a aprovação da lei é importante. "Se não tiver esse norteador do desenvolvimento vai cada um para um lado", afirma.
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Autor: Antonio Gabriel Cerqueira Gonçalves
Data:
terça-feira, 30 de junho de 2009
Marcadores:
Notícias da Web
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