Realidade Ambiental
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Descaso ambiental
O mundo nunca chegou a um grau de conhecimento tão avançado como se conhece hoje. Entretanto, se a humanidade não começar a rever suas atitudes, a grande máquina da vida, nossa mãe Terra poderá parar, e aí não é de se esperar que toda a vida vá acabar.
Diário de Bordo. Data Planetária 26.901, ano de 2009.
Estamos na Terra numa boa: comendo, vivendo, bebendo, enfim: desfrutando de todos os prazeres que esta tem a nos oferecer.
Mas e daqui a 50 anos, que a estimativa é que tudo piore, como é que nosso padrão de vida absurdo irá ficar? A resposta é certa: do jeito que está jamais dará para ficar.
Desmatamos, poluímos, agredimos, consumimos e exigimos tudo a qualquer custo.
Este custo chegou a fase tão extrema que tudo indica que se, os padrões de vida continuarem do jeito que está, a vida irá entrar em declínio e logo irá todo se extinguir.
Hoje, já são necessárias 1 Terra e meia para suprir as necessidade humanas que são extremamente escravistas, já que esta por si está querendo mais do que a Terra pode produzir.
O consumo pode ser apontado como um dos fatores principais para a degradação ambiental em todo o planeta, já que, desde a um elemento x a elemento y você acaba gerando sempre uma descarga de poluentes na atmosfera para se obter o resultado esperado - um exemplo é o tomate: para se obter tomate é necessário que se despeje na área em que o tomate irá se desenvolver uma grande quantidades de agrotóxicos, poluentes que são utilizados para evitar que as pragas estraguem a plantação.
Por isso evite comer muito alimento que não seja orgânico, isto é, alimento que é livre de agrotóxicos, pois se não você correrá sério risco de ao invés de estar ingerindo coisas saudáveis você irá estar ingerindo uma bomba tóxica.
O problema não é só esse em relação ao consumo: também podemos citar o desperdício - segundo o Instituto Akatu, o maior especialista em alimentação do Brasil, cerca de 1/3 de tudo que você compra vai direto para o lixo.
Isso significa que, a cada R$ 100,00 que você gaste com alimentação, cerca de R$33,33 vá para o lixo.
Esse desperdício é causado devido a má conservação dos alimentos, que faz com que os alimentos estraguem facilmente e devido também ao vencimento do prazo de validade dos produtos.
Por isso conserve bem os alimentos e procure consumir todos os alimentos dentro do seu prazo respectivo de validade.
Assim você contribuirá para que acabe o desperdício e que menos lixo seja produzido.
Um outro fator agravante é a poluição.
No caso da água, a poluição, o consumo por milhares de pessoas e o desperdício chegou a um estágio tão grande que comprometeu 65% de toda a parcela da água doce do mundo, ou seja, esta já está inviável para consumo.
Já analisando o geral, esta é a principal causa de preocupação entre as autoridades.
Mesmo porque devido a esta causa negativa é que se morrem milhares de pessoas no mundo, e é graças a esta que se causou o buraco na camada de ozônio, camada que protege a Terra dos raios agressivos, o que fez com que se agravasse o Aquecimento Global no planeta, que nada mais é a retenção de calor na atmosfera que provoca o aumento de temperatura, extinção e desequilíbrio em massa de centenas de espécies ao redor do nosso planeta.
Além disso ainda podemos citar o problema do lixo. A cada segundo na Terra, são produzidas 1.000 toneladas de lixo.
No Brasil, cada pessoa produz em média 500g de resíduos sólidos por dia ricos em material orgânico.
É uma pena que esse número seja tão grande, pois quase a totalidade dele poderia ser reciclado e não desperdiçado, que é o que acontece hoje.
Graças a esses dois agravantes graves ambientais que são o consumo abusivo e a poluição é que nunca na história foi vista tão grave degradação do meio ambiente nos oceanos em torno de nossa biosfera.
Devido ao consumo abusivo, caça predatória, poluição, aquecimento global e irresponsabilidade, os oceanos estão cada vez mais com os seus dias contados.
Os cientistas calcularam que, em comparação das populações de grandes peixes que nadavam nos mares em 1900, sobraram só uns 10%.
Isso significa que de cada 100 grandes peixes que nadavam nos mares em 1900, hoje só restam 10. (exemplo)
Os corais de recifes nunca estiveram tão vulneráveis: se a temperatura aumentar pouco mais que um determinado limite, que pode ser atingido neste século, todos os corais correm o risco de desaparecer.
Devido ao derretimento das geleiras dos pólos Sul e Norte, o nível de elevação dos oceanos nunca esteve tão alto: se o ritmo global de elevação de temperatura continuar, a estimativa é que todas as pessoas que moram na faixa litorânea estejam condenadas, já que a previsão é que toda essa área seja coberta pelos mares.
Cerca de 60% da população mundial vive a até 60 km da costa, a região mais impactada pela ação humana, e cerca de 80% do turismo mundial acontece no litoral - praias e corais são as atrações mais procuradas.
Essas são justamente as áreas que estão mais comprometidas, que correm o risco de sumir, de serem cobertas pelos oceanos.
Apesar disso tudo, surge um número incrível: ao mesmo tempo que o oceano avança ele perde espaço - 6,6 milhões de quilômetros de mar viraram desertos nos últimos 10 anos.
Por essas e outras pode se ver que nada é impossível de se acontecer.
Os oceanos estão sendo confundidos em lixões: hoje em dia você acha de tudo de tudo quanto é país no meio do mar - papel, descartável, além de tantos outros tipos de lixo.
Só nas águas do Pacífico, na última década o aumento da quantidade de lixo plástico em suas águas foi de 200%.
A vida tem uma dívida de gratidão as águas: se temos um ar puro como temos hoje elas são um dos fatores principais para isso: cerca de 40% do CO² que jogamos na atmosfera é absorvido pelos oceanos.
O lixo está fazendo com que os peixes virem depósito de lixo: do estômago de um albatroz foram tiradas 5 tampinhas, 1 caneta, 1 pedaço de tela e até 1 escova de roupa.
Devido a tudo isso, nas últimas décadas, a quantidade de corais vivos nos oceanos diminuiu entre um terço e 2 terços.
Sem dúvida nenhuma só esses fatores diriam claramente para o mundo ficar alerta pois ele estaria a beira de um colapso.
Mas ainda há mais.
Há mais problemas que devem ser colocados em xeque.
E é o que vamos discutir e é agora.
Se tudo não bastasse, ainda temos um ponto negativo que é o mais preocupante de todos: o desmatamento.
Segundo a Ong Greenpeace, só na Amazônia, 43 árvores são desmatadas por segundo.
Isso dá uma média de 2.570 árvores por minuto, 154.224 árvores por hora e, no final do dia se tem uma média de 3.700.000 árvores.
Todo dia, 3.700.000 de árvores são desmatadas somente na Amazônia.
No final do ano, temos um placar de 1.350.500.000 árvores derrubadas (um bilhão, trezentas e cinquenta milhões e quinhentas mil).
Suponhamos que todas as árvores que estão ali fossem nativas da região.
Considerando que uma árvore de espécie nativa remove cerca de 22 quilogramas de gás da atmosfera por ano, significa que o mundo deixaria de retirar da atmosfera 29.711.000.000 quilos de gás por ano.
A Amazônia é vital para o equilíbrio das chuvas no mundo e para a limpeza do ar que respiramos: por isto é considerada o pulmão do mundo.
Há 10 mil anos atrás, 62 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra eram cobertos por floresta.
Em 1700, elas só cobriam uma área de 46 milhões de quilômetros quadrados. Note que o espaço tempo dos acontecimentos é de apenas 10 mil anos, mas que reduziram a 26.000.000 km² a área total de florestas, redução de 25,6014% na área de cobertura global.
A partir do ano de 1700, que as florestas já estavam reduzidas a mais de 1/4, o número só passou a piorar.
Já no final da década de 1980 essa área de cobertura já não passava de 26 milhões, ou seja: a área florestal estava pouco menos de 42,6% menor que a área florestal no ano de 1700.
Ou seja: em 380 anos se destruiu 20 milhões de quilômetros de florestas, o que é surpreendente, já que em dez mil anos se destruiu 4 milhões de quilômetros de florestas a menos em comparação, um espaço tempo tão curto que nem se compara com o de 10 mil anos.
Resultado: em 1980 a área estava 58,604% menor em relação a original.
Tenho a informação que as florestas atualmente ocupam cerca de 30% da superfície da Terra.
Se o ritmo de desmatamento continuar como está, em breve não haverá mais nem ar para se respirar.
Cerca de 14 milhões de hectares de florestas nativas são perdidas por ano ou 38 mil hectares por dia.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), nesse ritmo, no ano 2035, toda a floresta tropical estará destruída.
A perda maciça de florestas na atualidade provoca a maior crise de extinções que a Terra já testemunhou em 65 milhões de anos.
Para obter-se um tronco de madeira ideal para o comércio, destroem-se outras 60 árvores.
As pessoas não se dão conta da importância que as florestas exercem em nossas vidas: estima-se que as florestas abrigam 2/3 das espécies terrestres conhecidas.
Aqui no Brasil é fato mais do que comprovado que ele não dá lá muita importância para suas florestas: eu tenho as provas necessárias para que você pense isso.
Vamos a Mata Atlântica - essa floresta é um dos biomas mais importantes da Terra, tanto é que, em 1999, ela foi considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Antes da invasão dos colonizadores portugueses, havia cerca de 1.000.000 de km² da Mata Atlântica. Estendia-se por uma faixa de 3.500 km, por 17 Estados brasileiros.
Séculos de exploração madeireira predatória, queimadas, expansão agrícola, pecuária e urbana, destruíram 93% da Mata Atlântica, a área com maior densidade de vida no mundo - em apenas 1 hectare foram encontradas 450 espécies de árvores (nos Estados Unidos, a média é de apenas 10 espécies por hectare).
O pouco que resta (7%) continua sofrendo todo tipo de pressão imaginável. Cada agressor tem sua desculpa particular para continuar a estúpida destruição.
Estado de São Paulo - em 1500, cerca de 80% do Estado de São Paulo era coberto por florestas. Hoje, a cobertura vegetal nativa foi reduzida a apenas 3% do território.
Distrito Federal - Em apenas 40 anos sua cobertura vegetal foi reduzida a apenas 15% (período: 1958-1998).
Esses são só 3 exemplos de localidades do Brasil que sofreram grandes impactos devidos à ação do homem.
Isso tem que acabar, já que 10% a 20% de todas as espécies conhecidas vivem em nosso território.
Mas não só aqui, em todo o mundo, os abusos quanto ao Meio Ambiente devem acabar, ou não poderão reclamar das consequências das alterações climáticas.
O problema é que quem está pagando o pato são os continentes menos favorecidos, como África e Ásia.
Há alguns poucos anos atrás presenciamos a ultrapassagem da China quanto aos Estados Unidos em relação ao lançamento de dióxido de carbono na atmosfera.
Mas deve se lembra que se for levar em conta esse índice per capita, os Estados Unidos ganha de 3x mais na China.
As nações desenvolvidas no mundo inteiro deverão ajudar principalmente a África, pois sua contribuição para o Aquecimento Global em comparação as grandes nações é quase nula, e não é justo um continente pagar o pato por um bando de países mega desenvolvidos e mega burros, pois com a tecnologia que o mundo dispõe atualmente todos eles já poderiam ter arranjado um jeito para reduzir drasticamente suas emissões.
O homem tem que ver que a que se faz a que se paga, e que se sua pegada ecológica continuar tão agressiva quanto está hoje, daqui 10,30,50 ou 100 anos ninguém poderá reclamar das alterações que o ambiente pode vir a fazer formar neste planeta, e quem sabe daqui a algum tempo, se ninguém se conscientizar, a situação poderá ficar irreversível, e aí não adiantará choro e nem vela, pois a fúria da natureza cairá sobre nós e colocará este planeta em alerta máximo de extinção.
Quem sabe, até lá, as coisas irão mudar?
Eu, particularmente não sei, mas se você assim como eu espera que as coisas mudem, comece por você, faça como a maravilhosa frase de Gandhi nos ensina:
*
“Seja você a mudança que espera ver no mundo.”
Autor: Antonio Gabriel Cerqueira Gonçalves
Data:
sexta-feira, 5 de junho de 2009
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Matéria Exclusiva - Blog Diário do Verde
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