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Conceito de sustentabilidade nasceu nos anos 80
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Autor
rolim
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Em 1986, a explosão de um reator da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia (na época parte integrante da antiga União Soviética), causou um desastre sem proporções na história humana. O acidente lançou à atmosfera uma quantidade de radiação equivalente à de 500 bombas atômicas como a de Hiroshima, levando uma área de 140 mil quilômetros a ser evacuada.
Cerca de 3,4 milhões de pessoas foram afetadas, 15 mil morreram e 50 mil se feriram. A comoção internacional causada pelos acontecimentos reforçou o questionamento já expresso pela ONU na Conferência de Estocolmo, em 1972. "Na ocasião, foi dado um alerta de que a sobrevivência do planeta corria riscos com a crescente e irracional interferência do homem no meio ambiente", explica Fernando Almeida, presidente executivo do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
A resposta da ONU sobre o comportamento predatório do desenvolvimento econômico foi consolidada com a publicação do relatório Nosso Futuro Comum, em 1987. Nele, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) criticava o modelo adotado pelos países desenvolvidos e defendia um novo tipo de desenvolvimento, capaz de manter o progresso em todo o planeta e de, no longo prazo, partilhá-lo entre países em desenvolvimento e desenvolvidos. Nascia, assim, o conceito de desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade.
A idéia se popularizou nas conferências do Rio de Janeiro, em 1992, a Rio 92, e de Johanesburgo (Rio+10), em 2002. Desde então, o debate sobre desenvolvimento sustentável está presente na sociedade civil, governos, empresas, organismos internacionais, ONGs, entre outros.
A participação do empresariado nesse debate tem crescido significativamente. "No mundo inteiro, os empresários mais conscientes estão comprovando, com ações e resultados, que investir em sustentabilidade representa um excelente negócio, além de ser eticamente correto", defende Fernando Almeida. Para ele, o setor empresarial foi o que mais evoluiu nesse sentido nos últimos anos. "Uma recente pesquisa do Banco Mundial e do International Finance Corporation (IFC) constatou que é cada vez maior a preocupação das empresas multinacionais com questões relacionadas à responsabilidade social corporativa".
As negociações internacionais também avançam nesse sentido. Convenções como a da "Biodiversidade, a do Clima e da emissão de gás carbônico" - o Protocolo de Kyoto - são uma realidade para o Brasil, União Européia, Canadá e a maioria das nações emergentes, como China e Índia.
Segundo o sociólogo Henrique Rattner, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA/USP) e coordenador de projetos da Associação Brasileira de Desenvolvimento de Lideranças (ABDL), alguns avanços são notáveis. A presença cada vez maior de ferramentas como selo verde e ISO 14000 para assegurar a proteção dos seres humanos e a conservação do meio ambiente nas empresas é uma delas.
"Trata-se agora de saber se o aumento da capacidade produtiva traz bem-estar, melhora a qualidade de vida, a confiança das pessoas no futuro e, sobretudo, sua possibilidade de levar adiante iniciativas de realização de seu potencial", defende.
Rattner defende que o debate sobre o desenvolvimento deve se pautar por outros indicadores que não só a geração de Produto Interno Bruto (PIB). "A degradação dos recursos naturais também traz crescimento do PIB. O caso da poluição ilustra bem essa contradição: primeiro em sua produção pelas siderúrgicas, petroquímicas e mineradoras e, novamente, quando se gastam verdadeiras fortunas para limpar os dejetos tóxicos dessas indústrias despejados no solo, no ar ou nos rios", explica.
"O fato de organismos internacionais como Banco Mundial, BID e Unesco começarem a adotar critérios sociais e qualitativos para avaliar os avanços em direção à sustentabilidade é um bom sinal", afirma.
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