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Parcerias para com a amazônia

Parcerias amazônicas
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Durante uma semana, milhares de pessoas participaram diariamente das atividades da 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), encerrada na sexta-feira (17), em Manaus. As atividades ocorreram no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), quase todo coberto por um dos maiores fragmentos florestais urbanos do Brasil, com uma área de 6,7 milhões de metros quadrados.
Ao fazer um balanço final do evento, o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, destacou a importância de parcerias – entre comunidade científica, institutos de pesquisas, sociedade civil organizada, setor privado, governo e cidadãos – para o desenvolvimento da ciência na região amazônica. O tema da reunião foi “Amazônia: Ciência e Cultura”.
“Assim como a educação básica, a Amazônia é um dos temas prioritários da atuação da SBPC. A ciência é fundamental para que a região se desenvolva de forma sustentável. Mas, para que ela seja produzida e ajude a orientar a formulação de políticas públicas, é fundamental desenvolver parcerias”, disse Raupp à Agência FAPESP.
Raupp contou que a reunião da SBPC em 2010 deverá ocorrer em Natal. Segundo ele, o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte esteve com o conselho da SBPC e fez uma proposta de levar a reunião para a capital potiguar.
“A proposta foi aprovada e, a princípio, a reunião será lá. Quanto ao tema, temos intenção de propor a questão dos recursos marinhos e da ciência voltada para o mar. A intervenção do mar envolve muitos impactos e estamos cada vez mais investindo em recursos marinhos”, disse.
De acordo com ele, a reunião em Manaus – que teve um público total estimado entre 12 mil e 15 mil pessoas provenientes de 180 cidades do país – mostrou que a articulação entre as diversas instituições e setores fazem avançar a presença da ciência na Amazônia.
“A SBPC seguirá estimulando a cooperação entre universidades e empresas, com o objetivo de aumentar a competitividade nacional e de demonstrar a importância de um sistema de ciência e tecnologia para um país. No aspecto operacional, continuaremos a incentivar o aprimoramento das legislações de ciência e tecnologia, regularizando a situação das fundações de apoio a pesquisa e criando possibilidades de parcerias entre pesquisadores, governo e o terceiro setor”, afirmou.
Segundo Raupp, a reunião foi viabilizada também graças às parcerias concretizadas entre a SBPC, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que sediou o evento, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amazonas e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
O diretor do Inpa, Adalberto Val, definiu a reunião como “um dos momentos mais excepcionais dos últimos anos na região em termos de ciência e tecnologia”.
“Demos uma demonstração clara, para as outras regiões e para nós mesmos, de que desenvolvemos pesquisa científica na Amazônia e que temos condições de discutir de igual para igual com todos os outros centros. A reunião deixou claro também que não há espaço para imobilidade no que se refere à região”, afirmou.
Val destacou também as necessidades de parcerias com instituições de pesquisas dos outros países amazônicos. “Durante a reunião tivemos a presença de grupos de pesquisas dos demais países e pudemos discutir não com os dirigentes, mas com aqueles que realmente fazem ciência na região”, afirmou.
O aspecto mais importante do evento, para o pesquisador, foi a interação com a sociedade. “Além de mostrar ao público o que é produzido nos laboratórios, pudemos conhecer mais sobre a demanda dessa sociedade por ciência. Pudemos antever que teremos pela frente um longo caminho de cooperação entre as instituições para dar conta dessa demanda”, disse.
Das 10 mil pessoas que participaram diariamente das atividades da reunião da SBPC, em média cerca de 6 mil circularam pela ExpoT&CI, que teve a presença da FAPESP com um estande montado para apresentar ao público as principais áreas de atuação, modalidades de financiamento, programas especiais e de inovação tecnológica e projetos de comunicação da Fundação.
Cerca de 2 mil pessoas circularam diariamente pelos simpósios e conferências. Houve também a presença diária de aproximadamente 2 mil jovens e crianças.
Dos 2.450 pôsteres inscritos, apenas 15% deixaram de ser apresentados – a média em outras reuniões ficou em torno de 18%. O evento teve a presença de mais de 960 conferencistas. Os 45 minicursos realizados durante a semana tiveram 1.830 inscritos.
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