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Veículos verdes estão em alta

Itaipu Binacional aposta em veículos "verdes" para preservação
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A Itaipu Binacional, que opera a hidrelétrica de Itaipu, maior geradora do mundo em operação, trabalha no desenvolvimento de um ônibus elétrico que espera finalizar ainda este ano e que se junta a outros veículos "verdes" produzidos pela mesma empresa.
Esta é uma nova fase no projeto da Itaipu Binacional de desenvolver, em associação com a empresa automobilística Fiat, uma família de veículos elétricos com uma "emissão zero" de gases do efeito estufa.
Como parte desse projeto da Itaipu, empresa binacional do Brasil e do Paraguai, já foram fabricados 25 automóveis e o protótipo de um caminhão elétrico.
"Como já estávamos produzindo quatro veículos elétricos por mês, decidimos abrir novas frentes de trabalho e desenvolver veículos elétricos pesados e de porte médio", disse o coordenador-geral brasileiro do Projeto Veículo Elétrico, Celso Novais.
O ônibus está em fase de projeto e "a previsão é que comecemos a montar o primeiro protótipo em 5 de setembro, a fim de colocá-lo para circular em testes dentro de Itaipu em 15 de novembro", explicou.
Segundo Novais, o ônibus é um projeto da Itaipu em associação com a Iveco, subsidiária de Fiat para veículos de carga, e com o fabricante brasileiro de ônibus Mascarello.
A fabricação dos veículos teve também a participação da suíça KWO, que desenvolveu o sistema elétrico.
A Itaipu Binacional já domina a tecnologia para a fabricação de automóveis elétricos e, após ter desenvolvido e homologado um Palio Weekend (da Fiat) com uma autonomia de 120 quilômetros, trabalha em projetos para melhorar o rendimento e reduzir o preço.
"Sobre o caminhão, já realizamos com sucesso cerca de 70% das provas do primeiro protótipo", afirmou.
O caminhão, um modelo de cabine dupla, tem capacidade para cinco toneladas (2,5 toneladas de seu próprio peso e 2,5 de carga), autonomia para rodar 100 quilômetros e velocidade máxima de 100 km/h.
Segundo os engenheiros, utiliza três baterias, já que tem um motor de 40 quilowatts, quase três vezes mais do que o dos automóveis, que funcionam com 15 quilowatts.
"Projetamos (o caminhão) para atender às necessidades de cooperativas que produzem energia com biomassa e que querem usar os excedentes na locomoção, como forma de economizar combustível", disse o engenheiro.
"No Paraná, há vários agricultores e criadores de porcos que contam com sobras de biomassa e que a usam para alimentar geradores de eletricidade próprios. Eles nos pediram uma ajuda, porque produzem mais energia do que podem consumir", acrescentou.
Segundo Novais, o custo do caminhão elétrico é superior ao de um veículo de combustão, mas, para os agricultores, é mais rentável, porque não pagam pelo combustível.
O engenheiro admitiu que, apesar de serem modelos ecológicos que não geram poluição e conseguem rendimento semelhante ao dos veículos de combustão, o grande problema dos carros elétricos é seu preço, praticamente o dobro do similar com gasolina.
"Como utilizam uma bateria especial e componentes que ainda não são fabricados em série, o custo aumenta muito", acrescentou, esclarecendo que a bateria de sódio representa quase 50% do preço do veículo.
No entanto, Novais disse que, a longo prazo, os veículos elétricos compensam do ponto de vista financeiro, porque o custo por quilômetro percorrido é quatro vezes inferior ao da gasolina.
Segundo o especialista, é possível percorrer 120 quilômetros com cerca de US$ 3,6 de carga de energia da bateria a preço de tarifa residencial no Brasil.
"Para andar isso com um carro à combustão, é preciso pagar quatro vezes mais", disse.
A redução dos custos de produção terá duas estratégias: desenvolver uma bateria menos onerosa e reduzir o peso do veículo, para aumentar sua autonomia, disse Novais.
Um protótipo menos pesado, feito com fibra de carbono, conseguiu o dobro de autonomia (220 quilômetros), mas o custo também aumentou, devido ao preço do material.
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